Quando algumas pessoas associam a emigração de portugueses a, apenas e só, trabalhos de limpeza e construção civil. Mais do que uma visão redutora daquele que é, nos dias que correm, o quadro da emigração [ainda que continue a existir a chamada emigração-padrão - procurar, noutro país, um qualquer trabalho, menos qualificado, a troco de um salário três ou quatro vezes maior que no país de origem] é constrangedor que se olhe com desconfiança para alguém que desempenha um cargo diferente e que fala a língua de Camões.
"Alguma coisa de muito errado se passa aqui", é o que conseguimos ler no olhar de algumas destas pessoas [felizmente não todas], que assim que se apercebem que não somos da mesma nacionalidade, não temos os mesmos costumes, os mesmos hábitos e a mesma substância, se afastam, procurando os seus pares, olhando-nos com desconfiança e ignorando tudo o que dizemos, fazemos ou propomos.
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