terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O balanço do ano

Nos últimos dias de Dezembro revejo o que fiz desde o primeiro dia do ano. Os sítios onde a vida me levou, todas as pessoas que conheci, todos os projectos que vivi, as ilusões e desilusões, todas as coisas boas, os muitos momentos felizes que têm superado os menos bons e esses momentos cinzentos que me fizeram crescer e me obrigaram a sair do conforto de uma zona que conheço de cor [a nossa terra, a nossa família]. 

Da gratidão por ter uma família unida, com saúde e que é o meu melhor porto de abrigo. Desta calma merecida que chega com a idade e com a conquista de podermos fazer o que queremos. Quando queremos. Do bem que nos faz mudar algumas certezas [e pessoas] de lugar.

Estaria a mentir se dissesse que foi o melhor ano de sempre. Não foi. Mas também não seria justa se não sentisse gratidão pela vida e pela sábia lei da compensação, por tudo o que pôs no nosso caminho como forma de nos recompensar pelo resto e de me fazer recomeçar com a certeza que a sorte é merecida para quem se esforça por a ter. 

Fico feliz por dizer que estou grata por todas as pessoas que conheci este ano e por aquelas que estão sempre comigo, no meu coração. Mesmo sem saberem, ajudaram-me a crescer e a continuar a acreditar que o nosso sonho vale mesmo a pena.

Um feliz 2015 cheio de saúde e muito amor para todos!





quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Pai Natal generoso

Não pedi nada, não esperei nada, tive tantas coisas boas. A começar pelo melhor de tudo: o nosso pequeno grande amor. Tantas prendidas para a mais pequena da família! Mais uns mimos que me faziam falta e que quem me conhece bem acerta sempre.

E foi isto. E foi bom, muito bom, e eu sou cada vez mais grata por ter no meu caminho cada uma destas pessoas.



segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Portugal

Não sei se é o melhor país para viver presentemente, mas é o nosso país, é o que guarda as pessoas mais importantes da minha vida. As saudades do nosso amado Portugal, as saudades de casa, da família, dos hábitos, dos costumes, da língua, do mar, das pequenas coisas que me vão falando ao longo do ano.

Esta inquietação permanente dentro do coração, esta saudade que nunca dá tréguas, um pequeno vazio que nunca é preenchido, esta falta de quem me completa, estou em versão contar-os-dias a algum tempo. 

O bom de tudo. Daqui a dois dias vou abraçar, com toda a força da minha saudade, as melhores pessoas que a vida me deu.




domingo, 21 de dezembro de 2014

Domingo

Hoje foi dia de dormir até mais tarde [9h30 - o máximo que conseguimos por aqui]. Dia de aproveitar os beijos e abraços, dia de filmes de Natal, dia de descansar, de cuidar de mim e do meu amor pequenino. É Domingo. Tudo o que gosto e preciso.



sábado, 20 de dezembro de 2014

Quase quase um olá Portugal

Ainda tenho pela frente dois belos dias de trabalho. Há compras de última hora [finalmente vamos ter um sofá],malas para fechar, um jantar em modo jingle bell com os meus colegas de trabalho e até-ao-meu-regresso.

Esta vontade de ver as horas passarem, o tempo voar e o dia chegar. Falta pouco, tão pouco!
Bom dia!


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Nós pelo Natal

Parece sempre o Natal de uma família italiana. Barulhentos, de gargalhada fácil, música, abraços por tudo e por nada, mesa farta, mulheres com amor pela cozinha, pelo acto de cozinhar e de levar sorrisos a quem prova. Somos muitos à mesa e há sempre lugar para mais um. Gostamos disto, deste barulho, desta confusão e de muitas conversas. 

Há um conforto incomparável porque estamos todos juntos, porque assim é que é Natal e porque não há nada de melhor na vida do que sentir o abraço e o amor de quem muito amamos. E este é o melhor presente de Natal que a vida nos pode dar. E já falta tãoo pouco.



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Happy days

Uma manhã mais tranquila para recuperar da correria que tem sido estas semanas. 

Um marido que tem sido incansável, que cuida de mim, protege, mima e adora a minha barriga e o nosso pequeno[a] grande amor. E que continua a ser a minha pessoa favorita. A melhor. 

Uma família que amo. Estas pessoas, que me fazem a maior das faltas e que enchem-me o peito de coisas boas, muito boas. Daquelas que me fazem dizer, com toda a certeza, que sou todos os dias um bocadinho mais feliz. 




segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

New year

Enquanto por aqui anda tudo numa azáfama a combinar o melhor programa de fim de ano, que inclui a roupa mais fashion [e com mais lantejoulas por centímetro de tecido], o sítio para jantarem, o sítio para se embebedarem [sim, falam nisso como parte do plano], o sítio para verem nascer o sol, o sítio onde vão dormir e não se vão lembrar, e o sítio onde vão aterrar no dia a seguir com uma tremenda dor de cabeça e muitos lamentos sobre a vida.

Eu sonho acordada com esse mesmo dia e noite, mas abraçada a quem muita falta me faz, com um belo jantar, muita alegria misturada com a música, o som das conversas que nunca acabam e o momento de entrar no novo ano abraçada às pessoas que dão sentido à minha existência.
Este é o meu plano e o único que me faz suspirar de ansiedade e riscar cada um dos dias que faltam até dia 24 de Dezembro.


sábado, 6 de dezembro de 2014

Acordar aqui em Dezembro

Tem estado 6º máxima e 1º de mínima. Às vezes menos. Tenho as mãos e os pés sempre gelados. Não há luvas e meias que nos aqueçam o suficiente para não andarmos sempre a tremer. E é também a tremer que falamos quando nos cruzamos com alguém que mete conversa ou que conhecemos e destapamos a boca, até então completamente sufocados com os cachecóis mais grossos que temos.

O frio, cortante, a respiração intermitente, o nariz gelado e a pele vermelha, o gorro que não colabora e me deixa o cabelo cheio de electricidade [um espectáculo digno de registo quando o tiro], a ânsia pelos chás, leites e sopas quentes, e o respirar de alívio quando entro num qualquer edifício ou volto para casa.



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

E eu ainda me surpreendo

Quando algumas pessoas associam a emigração de portugueses a, apenas e só, trabalhos de limpeza e construção civil. Mais do que uma visão redutora daquele que é, nos dias que correm, o quadro da emigração [ainda que continue a existir a chamada emigração-padrão - procurar, noutro país, um qualquer trabalho, menos qualificado, a troco de um salário três ou quatro vezes maior que no país de origem] é constrangedor que se olhe com desconfiança para alguém que desempenha um cargo diferente e que fala a língua de Camões. 
 
"Alguma coisa de muito errado se passa aqui", é o que conseguimos ler no olhar de algumas destas pessoas [felizmente não todas], que assim que se apercebem que não somos da mesma nacionalidade, não temos os mesmos costumes, os mesmos hábitos e a mesma substância, se afastam, procurando os seus pares, olhando-nos com desconfiança e ignorando tudo o que dizemos, fazemos ou propomos.




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Já falta pouco

Coisas tão simples como acordar bem disposta, andar a cantarolar canções de Natal que só se ouvem por aqui. 

Tenho semanas cheias pela frente mas nem quero saber, porque já ando a contar os dias para regressarmos a Portugal. Mesmo que isto implique ainda umas boas 3 semanas de muito trabalho para deixar tudo entregue a tempo.

Falta tão, mas tão pouco tempo, que a única coisa que não me sai da cabeça são aqueles abraços. [suspiro]
meu abraço que é como um regresso a casa, a um lugar sereno onde só nós existimos e onde aproveito sempre para fechar os olhos, respirar bem fundo e aproveitar o que de melhor temos. A família.