domingo, 18 de novembro de 2018

As crónicas da emigração

Quase cinco anos depois, aquilo que sinto cada vez que leio as notícias que por aí vão passando, é que o meu país não só abandonou muitos com as calças na mão, depois de estudos superiores e pouca oportunidade...como agora vai criando este sabor amargo das notícias/conversas constantes, dos que vão e dos que ficam, quem faz mais por quem e quem fez bem ou fez mal em ir ou ficar, em sair ou definhar, em ficar ou lutar.

Parece que quem saiu não luta nada, não tem coragem, não jogou mãos à obra...já não fala português ou nem tem nada para oferecer, ou voltou costas e foi viver uma coisa espetacular. Tenho um enorme respeito por todos aqueles que tiveram a coragem de arregaçar as mangas e ir à procura de trabalho e realização mais longe de casa, da família e desse cantinho à beira mar plantado, que todos adoramos. 
Eu apaixono-me sempre por Portugal, em cada regresso de viagem. E para mim, emigrar, foi efectivamente o maior acto de coragem e que não é para todos. Trago no coração, pessoas que vivem e outras que já viveram esta experiência e sei perfeitamente, que é dura e dificil. Para quem vai e para quem fica. Porque a saudade, uma palavra tão nossa, descreve um sentimento que não se esgota, que está sempre presente enquanto a distância se mantiver. 

Espero que esta experiência seja enriquecedora e que quando regressarmos no futuro, sejamos mais fortes, com mais conhecimento, experiência e sabedoria. Quem sabe.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

E aí fomos nós

Rumo à cidade que mais vezes vou em trabalho. Que de todas as vezes que vamos, encontramos aquele ambiente acolhedor. Gosto de Londres. Das ruas, dos edifícios, desta cultura que passados estes cinco anos já enraizamos no sangue. Gosto do céu cinzento e até da chuva.

Revemos amigos que já não víamos à muito. Onde o tempo passa mas a cumplicidade e a amizade permanece. E sim, somos uns sortudos por termos poucas, mas muito boas pessoas no nosso núcleo de amigos.


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Oh rainy days

Depois de uma valente tareia debaixo de chuva à hora de almoço [culpa dos meus maravilhosos colegas britânicos], vou breve entrar no turno da noite lá por casa. E tenho para mim que hoje era um daqueles dias em que me deitava com a Olivia às nove da noite e por lá ficava. Zzzz

Bom dia, bom dia

Nós por cá, em modo kitadíssimos para enfrentar este tempo maravilha.



terça-feira, 6 de novembro de 2018

Vamos a isto?

Já é terça-feira, as semanas passam a voar, faltam 3 dias para o descanso dos guerreiros e eu já sonho com um dia de Outono alapada no sofá. Querias!
Bom dia, ENERGIA!

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Das rotinas

À cerca de um ano e meio aceitei fazer parte da equipa que gere os projectos de high retail no UK [Gucci, Louis Vuitton, Mulberry, Calvin Klein,etc]. Confesso que a nível profissional está a ser muito enriquecedor, mas conciliar a vida privada com o trabalho é por vezes esgotante. Os prazos são sempre curtos, são 3 semanas intensas para ajustar tudo com o cliente, fazer o projecto e começar a obra em 1 mês. De loucos mesmo. 

Muitas das vezes chego a casa com o corpo a pedir o melhor dos descansos. Tento conciliar tudo para chegar o mais rápido que consigo e levo o peito cheio, cheio, cheio de saudades da minha mais-que-tudo.

Os fins de dia valem ouro. 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Eu sei

Que isto tem andado ao abandono...Têm sido dias difíceis por aqui, fases menos boas, em que parece que remamos sozinhos. Muito trabalho a nível profissional, muito cansaço, problemas para resolver no que respeita à venda do nosso apartamento por aí [e não há meio de vermos a luz ao fundo do túnel]. Muitas emoções ao mesmo tempo para gerir, muitos sonhos e pouca concretização. Não é o fim do mundo, claro que não, mas as coisas vão moendo. E parece que tudo desaba ao mesmo tempo.

Outubro vai ser um mês cheio. Festas de aniversário, uma ida rápida a Portugal para o último casamento do ano e regresso para umas semanas busy busy.

Believe, everything will be ok!










segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Follow your dreams

Os últimos meses têm sido absolutamente esgotantes. Conseguir o equilíbrio de tanta coisa ao mesmo tempo, do inesperado, de mais responsabilidade e muito trabalho, de assuntos burocráticos e uma enorme frustação no que respeita ao nosso apartamento em Portugal...

Não tem sido fácil, mas metendo o meu lado positivo nisto, espero ainda termos pela frente dias de sol. Dias de sol e acreditar. Acreditar que tudo se vai resolver da melhor maneira.



quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Das idas e voltas

Nunca consigo voltar e dizer "estive com todas as pessoas com quem queria estar", ou "fiz todas as coisas que queria fazer". Nunca. Desta última vez então, nem vi todas as pessoas da família e todos os amigos que prometi estar. Há sempre uma certa culpa na despedida, um "devias ter" isto ou aquilo. Estar longe é um exercício difícil para quem vive do abraço. E quando estou perto, queria ter o poder de me transformar num polvo. Não perco a esperança de conseguir ver aqueles com quem não estive. Volto em Outubro! 




quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Constatação de à uns tempos para cá



Por mais que faças bem as coisas, que tomes as decisões que aches certas, haverá sempre quem te aponte o dedo, quem te ache a "má da fita" porque anteriormente ouvias, engolias e calavas e agora, passados uns anos falas, respondes na mesma moeda. Quem ache que os telhados de vidro dos outros são sempre mais frágeis que os seus. 

Apontar o dedo e ser a má da fita é tão fácil. Constatação: chegamos a uma fase da vida que valorizamos quem realmente importa, quem nos quer bem, quem não quer, que se lixe.








quarta-feira, 8 de agosto de 2018

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

É sexta-feira

Mais do que dormir muito [coisa que não faço ideia do que seja há muito],  hoje dormi bem e toda a noite. Thank God. Ontem tinha planeado trabalhar em casa durante a noite, mas a nossa pipoca decidiu querer ficar acordada até mais tarde. 

Não consegui terminar o que queria, listar tudo o que preciso fazer hoje.  Decidi acordar  bem cedinho e rumar ao escritório. São sete da manhã e vou a caminho para mais um dia cheio. O que vale é que o fim-de-semana está já aqui à porta. 



quinta-feira, 26 de julho de 2018

Ontem

Vim para casa esganada de fome. Não sei como é que me aguentei no Asda sem me atirar a umas "poucas porcarias". 

Rumamos a casa e jantamos. A Olivia vinha tão derreada da creche que aterrou antes das oito da noite, em menos de cinco minutos e ao meu colo a contar-lhe uma história. Hoje alvorada das boas às cinco e um quarto da matina [uma precisão britânica] e eu a pensar que era o fim do mundo a dar-se naquele momento. Depois voltou a dormir é verdade, eu é que não.

Por isso, isto hoje está em modo: movida a cafeína.





terça-feira, 24 de julho de 2018

Nós por cá

Andamos desiludidos. Temos planos guardamos na gaveta dos  sonhos para um possível regresso ao nosso Portugal num curto prazo de tempo. Os planos mantêm-se, mas estão dependentes de outras pessoas...

E esperamos [esperamos mesmo] que à semelhança de outras ocasiões anteriores, daqui a mais ou menos um mês possamos voltar a ter razão para sonhar novamente com o que tanto queremos... um dia vamos de vez para junto dos que mais nos querem bem. Fingers crossed!





quinta-feira, 12 de julho de 2018

Olá England

Regressamos na semana passada. A Olivia adormeceu pelo caminho e nós, depois de chegarmos a casa e comermos qualquer coisa, também fizemos uma sesta. 

Os dias tem estado quentes. Pela primeira vez em cinco anos, este está a ser um verão à séria.
É lema aproveitar o melhor sol, saborear bem devagar, sem pressas, como todos os dias devem ser.