Hoje

O M. está por Londres. Acordou cedo para chegar ao destino e ainda voltar a horas de jantar. Eu acordei ao mesmo tempo que ele. Ainda noite cerrada, muito frio e ainda sem adivinhar o dia, que nasceu depois. Tomámos o pequeno-almoço juntos, quase em silêncio, o silêncio que a hora impõe, com um abraço para o caminho e outro para o regresso.

Aproveitei o silêncio da manhã enquanto a Olivia dormia para começar a responder aos e-mails de trabalho. Resisti à tentação de abrir qualquer página de rede social. Fiz um chá, fui buscar a manta, tentei fazer o mínimo de barulho possível, espreitei a minha pequenina, a dormir, encostei a porta, e continuei até à hora em que acordou. Hoje sou eu que faço todos os turnos, o da manhã e o da tarde. 

Life

Os dias são cheios. Uma parte de trabalho, uma parte de mãe-a-tempo-inteiro. Duas reuniões, um novo projecto em mãos. Manhãs de pequenos-almoços só meus, em silêncio, seguindo-se da correria dos dias pelo trabalho. Tardes dedicadas à minha mais-que-tudo que me enchem o coração.

Deixar alinhavado o jantar e os nossos almoços diários. É a nossa rotina. E é também uma espécie de agenda e alinhamento que tento fazer todos os dias, muito ao estilo de vida nórdico, muito ao estilo de vida que cada vez me dá mais prazer, este.

Hey weekend

Este tempo cinzento convida a ficar em casa, a ler e a escrever. O sol não espreitou ontem [ao contrário de hoje] e o ar já está bem fresco. Sabem bem os pequeno-almoço de fim-de-semana, as tardes de passeio, um bolo de maça com canela que está em planos para o lanche e uma noite de filme no horizonte e é tudo o que precisamos para ser felizes.

Bom fim-de-semana!

Arriscar

Há um preço a pagar quando se dá um salto para o vazio. Quando arriscamos. Em acreditar nalguma coisa que é desconhecida, e que não sabemos se irá dar certo.

Se nada existe como certo, aquilo que podemos fazer é acreditar em nós. A partir daqui é mais simples acreditar que todos os saltos no desconhecido contribuem para o nosso crescimento e realização pessoal e profissional. E eu hoje quero muito acreditar nisto!

 

Do passado fim-de-semana

Estivemos de mini mini férias por Portugal. Na terra que guarda as nossas pessoas queridas e num sábado cheio, de festa rija, com as pessoas mais especiais, alegria e muita gente à mesa.

Não gosto de fazer malas

Estou sempre com receio de não levar isto ou aquilo e que depois nos faça falta. Ainda para mais agora. Com filhos pequenos, em que andar com a casa às costas nunca chega. Mesmo que seja uma malinha só para dois dias ou três... como é o caso deste fim de semana prolongado [para nós].

A parte boa de fazer malas é que quer dizer que vamos para algum lugar. 

Até já Portugal.

E hoje são 7 anos

O amor tem muito pouco ou nada a ver com sorte. A verdade é que a vida a dois precisa de muito mais do que sorte. Há dias em que tudo é tão simples que nos entendemos só com um olhar, com um sorriso ou com um abraço. Mas há dias em que discordamos de tudo, da música, das cores, dos horários, do tempo. 

Não é fácil viver nos dias em que discutimos, que gritamos, que mal nos falamos mas que depois lá nos acertamos, as feridas vão cicatrizando, o tempo esbatendo as marcas e o destino vai-nos dando novas oportunidades que vamos sempre agarrando, e mais uma vez, o nome disto não é sorte, é compreensão, é perdão, é capacidade de superação. 

Também no casamento nos precisamos de reinventar, sair da rotina, não deixar cair na monotonia [esta não é uma tarefa fácil], mas também não é a sorte que nos abraça, mas sim a criatividade, o tempo, a capacidade de abrir mão e a dedicação.

Um “felizes para sempre” requer muita dedicação, renúncia, persistência e paciência, dá muito trabalho. É preciso cuidar para não perder, é preciso valorizar, é preciso empenho e dedicação, e nós, somos muito melhores juntos a perceber que amar é muito mais do que ter sorte. 

Mas isto é como tudo na vida. A Sorte somos nós que a construímos.