domingo, 18 de novembro de 2018

As crónicas da emigração

Quase cinco anos depois, aquilo que sinto cada vez que leio as notícias que por aí vão passando, é que o meu país não só abandonou muitos com as calças na mão, depois de estudos superiores e pouca oportunidade...como agora vai criando este sabor amargo das notícias/conversas constantes, dos que vão e dos que ficam, quem faz mais por quem e quem fez bem ou fez mal em ir ou ficar, em sair ou definhar, em ficar ou lutar.

Parece que quem saiu não luta nada, não tem coragem, não jogou mãos à obra...já não fala português ou nem tem nada para oferecer, ou voltou costas e foi viver uma coisa espetacular. Tenho um enorme respeito por todos aqueles que tiveram a coragem de arregaçar as mangas e ir à procura de trabalho e realização mais longe de casa, da família e desse cantinho à beira mar plantado, que todos adoramos. 
Eu apaixono-me sempre por Portugal, em cada regresso de viagem. E para mim, emigrar, foi efectivamente o maior acto de coragem e que não é para todos. Trago no coração, pessoas que vivem e outras que já viveram esta experiência e sei perfeitamente, que é dura e dificil. Para quem vai e para quem fica. Porque a saudade, uma palavra tão nossa, descreve um sentimento que não se esgota, que está sempre presente enquanto a distância se mantiver. 

Espero que esta experiência seja enriquecedora e que quando regressarmos no futuro, sejamos mais fortes, com mais conhecimento, experiência e sabedoria. Quem sabe.

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