quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os trinta

Remeto para uns 10 anos atrás. A pressão que temos de definir qual o nosso caminho. A definição profissional, a escolha da pessoa que achamos certa para ter ao nosso lado, a conquista de um lar, da maturidade. Deixo para trás anos de uma grande reviravolta. De muitas batalhas perdidas. Deixo para trás pessoas que já nada me dizem, lutas que já não vou ganhar.

Estou nos trinta-e-quatro com a certeza de que cumpri muito do que esperava e esperavam de mim. Colmatei muitas falhas no meu carácter, percebi o que não quero fazer. Coisas que sempre me trouxeram entusiasmo, mas às quais dei pouca importância no devido momento.

Chego aos trinta-e-quatro com a pessoa que amo, com um lar, com família, com poucos mas bons amigos. Chego aos trinta-e-quatro com uma lista imensa de sonhos por concretizar.

Não sei se vou conseguir cumprir os pontos que ficaram sem uma conclusão, mas sei que começo a ter maturidade para aceitar que a vida nos dá pouco tempo e poucas oportunidades para atingi-los.

E essa, para mim, é a grande lição dos trinta. As oportunidades só surgem uma vez. O tempo não pára mais para voltarmos a reflectir sobre elas. O tempo e as oportunidades são agora.



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